No caso de nossas clínicas, o conceito de rede pode ser utilmente esclarecido pelo de distrito industrial.

A partir desse conceito, Piore e Sabel mostram a flexibilidade da organização industrial das pequenas empresas que cooperam na realização de um produto. Estes distritos, muitas vezes de origem familiar, correspondem a áreas definidas localmente que albergam uma concentração de várias pequenas empresas mais ou menos integradas especializadas numa das componentes da produção de um produto.

Como aponta Assens, essas empresas compartilham a missão de coordenar o processo produtivo por sua vez (dependendo das respostas aos editais) sem que nenhuma delas possa reivindicar a gestão permanente do sistema por causa das limitações de tamanho e capacidade de produção.

A obrigação de subcontratar parte do processo de produção a outras PME leva ao desenvolvimento de alianças temporárias, locais e específicas entre os membros do distrito.
https://www.clinicaboechat.com.br/especialidades/teste-de-esteira/
Podemos reconhecer nesta operação características do modo de rede: cada distrito é autônomo e se ajusta localmente em uma lógica de clã; nenhuma empresa pode impor sua estratégia a outras; o acordo é voluntário; o perímetro do clã não é claro dadas as especificidades dos produtos e os ajustes temporários realizados; as relações entre as empresas são baseadas em relações competitivas/cooperativas.

Estas características levam Assens a dizer que “a rede de PME italianas transita sucessivamente de uma forma não supervisionada e competitiva” (as empresas respondem ao concurso e estão em concorrência) para uma “forma supervisionada e não competitiva” (as empresas cooperam sob a égide de um piloto). Os membros da rede distrital são assim sucessivamente concorrentes e complementares, autónomos e interdependentes.

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